E, quando menos se espera, lá volta o PCP aos seus comportamentos perfeitamente inexplicáveis, baseados num pensamento completamente ultrapassado e reconhecidamente deslocalizado em relação aos reais posicionamentos de uma politica contemporânea.
Depois de, nos últimos meses, ter capitalizado alguma simpatia pela forma ponderada como tem reagido à imensa crise em que o país está mergulhado, procurando ter um discurso consentâneo com o seu eleitorado e suficientemente moderado como forma de capitalizar novos apoios de franjas de alguma esquerda insatisfeita e indecisa (apenas não entendo a lógica do fervoroso apoio ao projecto TGV); e depois do seu líder conseguir junto da opinião pública nacional uma imagem de homem sério e competente (concorde-se ou não com o seu pensamento). Ou seja, depois de meses a somar pontos, lembram-se de soltar uma pérola tipo a famosa "Coreia do Norte é uma democracia" e anulam toda a dinâmica positiva, entretanto conquistada.
Desta vez, está em causa a recente atribuição do Prémio Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo. Afirmam os comunistas que:
"A decisão da atribuição do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo – inseparável das pressões económicas e políticas dos EUA à República Popular da China - é, na linha da atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2009 ao Presidente dos EUA, Barack Obama, mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre os povos."
É muito grave quando se pensa assim e fica difícil não esquecer estas convicções, quando se ouvem outro tipo de intervenções.
"É mais fácil tirar um partido da lama, do que tirar a lama do partido". É, nos dias de hoje, uma máxima aplicada a muitas pessoas (algumas que eu conheço) mas que, neste caso assenta confortavelmente na actuação do PCP.
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