Está na moda a exaltação de hipotéticas capacidades empreendedoras, sobretudo na área empresarial. E quando se fala de deslocalizar essas mesmas capacidades para o estrangeiro, então nesse caso a admiração é potenciada. Os destinos dessa atenção negocial são como os turísticos, mudam de acordo com as tendências. Neste momento, Angola está para os negócios dos empresários portugueses como as Caraíbas ou o Brasil estão para os turistas lusos.
Mas se olharmos com atenção e tirando os grandes investimentos das grandes empresas nacionais, a larga maioria dos ditos empresários tem apenas como fito uma salvação milagrosa para situações incomportáveis nos negócios originais. Até aqui nada a condenar, cada um luta como pode e sabe, segundo os valores (ou ausência deles) que os norteiam.
No entanto, nesta azáfama de salvação, muitos são sempre os danos colaterais deixados, nomeadamente compromissos assumidos com parceiros e/ou fornecedores antigos ficam por solver.
Foi descoberta, assim, uma fórmula que permite ao vulgar incumpridor/caloteiro ser alvo de alguma admiração e notoriedade:
"- O homem tá com uns grandes negócios em Angola ou Moçambique, é mesmo um grande empresário...."
Pela parte que me toca, já conheci alguns destes "empreendedores".
muitos pensam que os angolanos estão lá de pernas abertas para eles...vão lá vão e não levem a trouxa.
ResponderEliminarEu conheço algunsque estão no brasil, mas eu se estivesse no lugar deles fazia o mesmoA vida não esta para grandes valores morais.
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